Previn será implantado na Penha
quinta-feira, 31 de março de 2011A Câmara Executiva de Prevenção e Combate a Incêndios no Município de São Paulo entregou na manhã desta quarta-feira (30/3) ao prefeito de São Paulo a conclusão do plano de implementação do Previn (Programa de Prevenção e Combate a Incêndios em Assentamentos Precários). O projeto será colocado em prática a partir do mês de abril em 50 pontos críticos prioritários distribuídos por 21 áreas de subprefeituras da Cidade.
Elaborado em cerca de dois meses por 29 representantes de diversos órgãos municipais e estaduais e de concessionárias prestadoras de serviços, o relatório é voltado à redução da vulnerabilidade dos locais considerados vulneráveis a incêndios.
O chefe do Executivo Municipal ressaltou a importância do Previn. Ele afirmou que o plano poderá evitar tragédias relacionadas a incêndio na Capital. “O Previn ajudará com medidas de prevenção no sentido de não termos incêndio e de treinar a população sobre como se comportar no caso de um incidente. Isso é muito importante. Infelizmente ainda existem diversas áreas precárias na Cidade, e as pessoas precisam desse apoio, dessa orientação.
Os nossos parceiros colaboram e contribuem com isso. O nosso grupo de trabalho tem funcionado. Por isso, esperamos o mais rápido possível concluir esses 50 primeiros pontos”, afirmou o prefeito.
O relatório identificou os principais pontos críticos, que dentro de um cronograma deverão ser atendidas por uma série de ações conjuntas institucionais até dezembro de 2012. A previsão é que sejam investidos R$ 21 milhões para a implantação do Previn nas 50 comunidades. Além de propostas para evitar ocorrência de incêndios, o Previn também propõe ações e procedimentos para tornar mais ágil o combate a incêndios.
“O Previn surge para garantir uma maior segurança e uma maior eficiência do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil nos assentamentos precários. Nos estudos foram apontados 325 assentamentos precários, ou seja, com possibilidade de incêndio. De 325, o grupo da Câmara Executiva fez uma triagem e constatou as 50 mais vulneráveis. O objetivo básico é garantir a essas comunidades o acesso ao Corpo de Bombeiros”, explicou o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras.
As ações do programa são divididas em quatro fases: a prevenção, onde são estipuladas medidas a fim de evitar incêndios; a regularização da rede elétrica; o planejamento das ações de combate, caso o fogo atinja as comunidades; e a adoção de medidas para minimizar os danos, como a limpeza do local, alojamento de vítimas, entre outros serviços necessários e os trabalhos para recuperar áreas atingidas.
Os pontos críticos
O relatório identificou 50 pontos críticos prioritários. Eles estão localizados em 33 assentamentos, distribuídos em 21 subprefeituras: Cidade Ademar (4); Butantã (4); Campo Limpo (4); Capela do Socorro (2); Casa Verde (2); Ermelino Matarazzo (1); Freguesia do Ó/Brasilândia (4); Guaianases (2);Ipiranga (2); Itaquera (2); Itaim Paulista (2); Jabaquara (4); M´Boi Mirim (3); Mooca (1); Penha (1); Pirituba/Jaraguá (2); Perus (2); Santo Amaro (2); Sé (1); São Mateus (1); e Vila Prudente (4).
Entre as medidas para redução da vulnerabilidade aos incêndios estão previstas ações de inserção comunitária, como a criação de zeladores comunitários, brigadas de incêndio e cadastramento social dos moradores destas comunidades. Além disso, o programa prevê ação conjunta institucional de todos os órgãos que de alguma forma estão envolvidos com o problema.
Além da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, a iniciativa envolve outras pastas, como: Habitação; Assistência e Desenvolvimento Social; Educação; Segurança Urbana; Controle Urbano; Desenvolvimento Econômico e do Trabalho; Infra-Estrutura Urbana; e SPTuris. E tem, ainda, a colaboração do Corpo de Bombeiros, Sabesp e Eletropaulo.
Projeto piloto
Para implantação do programa, foi estabelecido um projeto piloto na comunidade Sônia Ribeiro, no Jardim Aeroporto, na região da Subprefeitura Santo Amaro, em razão de suas características: construções irregulares, de madeira e alvenaria, ligações clandestinas e irregulares de água e energia; falta de hidrantes nas suas proximidades; e falta de cultura em prevenção de incêndios.
Implantado em outubro do ano passado em Sônia Ribeiro, o projeto piloto tem funcionado como um laboratório para o desenvolvimento do Previn e um exemplo para ser aplicado nos outros 50 assentamentos da Cidade.
Fonte: Prefeitura de S. Paulo
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