CEU na Penha inaugura Academia Estudantil de Letras
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011Nesta quinta-feira (8/12) foi fundada no CEU Tiquatira, bairro da Penha, a 19ª Academia Estudantil de Letras (AEL) da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. A partir de agora, os pensamentos, as poesias e as crônicas de Rubem Alves serão lidas e estudadas toda semana por 24 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Maestro Alex Martins Costa, na AEL que leva o seu nome.
Nas academias estudantis, os escritores atendem por outro nome. Na nova AEL, Vinicius de Moraes é Stefani Raquel, Cora Coralina é Raquel Santos, Ruth Rocha é Willian Kauã e a partir de agora, Rubem Alves é Júlio César. A Rede Municipal de Ensino tem hoje mais de mil alunos acadêmicos, com idade entre 8 e 15 anos, e cada um representa um autor diferente.
Pressão popular
O surgimento da 19ª Academia Estudantil de Letras foi fruto de pressão popular. Muitos alunos que foram transferidos para a EMEF Alex Martins, quando ela abriu suas salas de aula pela primeira, vez em fevereiro de 2009, eram acadêmicos da tradicional AEL Machado de Assis (da EMEF Figueiredo Ferraz). A sede pela literatura era tanta que eles iam para a outra escola para continuar participando dos encontros literários. Passados dois anos, a escola organizou o próprio grupo e elegeu os escritores imortais preferidos. Agora, é hora de oficializar a fundação com uma festa.
A partir de agora, os novos acadêmicos ocuparão uma cadeira permanente em sua AEL. Juntos, fazem leituras, apresentações de música e teatro, debates, e, uma vez por mês, cada acadêmico apresenta a vida e a obra de seu autor. “A ideia é tornar a escola um local de efervescência literária”, explica Maria Sueli Fonseca Gonçalves, criadora do projeto.
Sueli conta que, passados cinco anos de projeto AEL, os professores notam que os estudantes têm mais que o interesse despertado pela literatura de grandes autores. “Eles passam a criar a própria obra, a praticar o hábito da disciplina do estudo e desenvolvem o protagonismo infanto-juvenil, promovendo um processo crescente de autoconfiança”, garante.
Fonte: Prefeitura de São Paulo